terça-feira, 17 de novembro de 2009

COMO SER AGRADÁVEL

Como ser agradável

Um jardineiro tratava com cuidado da propriedade de influente juiz de Direito.

Pouco se falavam, e sua relação beirava a frieza.

O juiz raras vezes se dirigia àquele empregado para transmitir alguma orientação mas, naquele dia, foi ao seu encontro para dar sugestões sobre onde plantar uma e outra árvore.

As orientações foram passadas de forma direta, séria, sem rodeios e gentileza.

Num determinado momento, mudando o rumo da conversa, o jardineiro disse:

Sr. Juiz, o senhor tem uma excelente distração!

Estive admirando seus lindos cães. Penso que o senhor já conseguiu vários primeiros lugares em exposições!

O efeito dessa pequena dose de apreciação foi grande.

Sim. – respondeu o juiz, esboçando sorriso orgulhoso.

Os meus cães me servem de excelente distração. Gostaria de ver o meu canil?

Passou quase uma hora mostrando-lhe os cães e os prêmios que eles tinham recebido.

Ele mesmo foi buscar os pedigrees e explicou os cruzamentos responsáveis por tanta beleza e inteligência.

Depois de um tempo, o juiz, de cenho já muito modificado, virou-se para o jardineiro e perguntou:

Tem algum filhinho?

A pergunta pegou o jardineiro de surpresa, pois nunca antes lhe havia sido feito um questionamento pessoal.

Sim, tenho. – respondeu, timidamente.

Bem, ele não gostaria de um cachorrinho?

Oh, o seu contentamento não teria limites! – afirmou o homem com sorriso nos olhos.

Pois bem, vou dar-lhe um. – disse o juiz.

Então começou a ensinar como alimentar o cãozinho. Parou um pouco.

Você esquecerá de tudo quanto eu lhe disser. É melhor que eu escreva.

O juiz entrou, escreveu à máquina o pedigree e as instruções sobre alimentação e as entregou ao jardineiro, junto com o cachorrinho valioso.

Gastou mais de uma hora de seu tempo explicando, ensinando, pois havia sido conquistado pelo comportamento agradável daquele homem simples.

Analisando melhor toda cena, veremos que o jardineiro nada mais fez do que um rápido elogio, proferindo algumas palavras agradáveis ao outro.

O juiz, sentindo-se valorizado, teve prazer em estender a conversa e ainda deixou brotar em si um sentimento de fraternidade, pensando no outro, em seu filho, terminando por lhe oferecer um presente.

*   *   *

Gentileza gera gentileza.

Ser agradável contagia e derruba qualquer cenho carregado, qualquer mau humor momentâneo.

Numa sociedade onde tantas palavras desagradáveis correm soltas aqui e ali, onde tantas reclamações e xingamentos incendeiam os ânimos e machucam as almas, faz-se importante aprender a ser agradável.

Ser agradável sempre, independente da situação que estejamos vivendo, independente de como estamos sendo tratados e recebidos.

Agindo assim filtramos o ambiente pesado do mundo, e espalhamos o perfume da fraternidade.

Tal comportamento traz sempre frutos bons e surpreendentes pois representa, em sua essência, o amor.

Redação do Momento Espírita inspirado no cap. 6, do livro

Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie,

ed. Companhia Editora Nacional.

Em 17.11.2009.

sábado, 14 de novembro de 2009

Driblando a Dor

Technorati Marcas:

Driblando a dor

Mais de uma vez me recordo. Na infância, quando eu reclamava de alguma dor e como se costuma dizer fazia corpo mole para não cumprir alguma tarefa, escutava a história outra vez.

Certa vez, a dor veio visitar a Terra. Vestiu-se de forma adequada e chegou a uma casa pobre. Havia crianças, uma mulher cansada de tantos afazeres e um homem marcado pelas horas de trabalho exaustivo.

A dor gostou do lugar e se aninhou no dedão do pé direito daquele pai de família. Naquele dia, quase noite, ele se recolheu e nem deu muita atenção para a tal da dor porque o cansaço era maior do que ela.

Mal despertou a madrugada o homem acordou, pulou da cama e começou a se preparar para sair.

Não desejando despertar as crianças e a esposa, ele se ergueu no escuro e logo bateu o dedão num brinquedo esquecido no chão.

Ai, disse ele baixinho. Ui, que dor!

Acariciou o dedo dolorido com a mão calosa e enfiou o pé no calçado. A dor lhe deu uma espetada. Afinal, ela não estava gostando nada de ficar ali, apertada.

O homem, responsável, saiu mancando. O dedo latejava. Ele sentiu a dor diminuir um pouco quando tirou o pé do calçado, no trajeto que fez de ônibus.

Contudo, logo mais chegou ao destino. Calçou o sapato e andou.

Assim foi o dia inteiro. A dor reclamando, o homem sentindo mas dizendo: Eu preciso continuar. Não posso perder este emprego. Meus filhos dependem de mim.

E tudo acontecia. Ora o dedão topava na quina de um móvel, ora o sapato apertava mais, ora...

A noite surpreendeu o homem na labuta, suando, trabalhando. A dor já não aguentava mais.

E, quando ao ir para casa, o dedão topou numa pedra do caminho, foi o fim. A dor ficou muito zangada e disse: Vou embora. Este homem não sabe me tratar bem.

E lá se foi. Perto dali, ela encontrou uma casa muito bonita, confortável e entrou.

Um homem estava largado no sofá da sala, assistindo televisão. A dor gostou de tudo que viu e se instalou no dedão do pé.

Ai, gritou ele. Que coisa esquisita. Que dor terrível!

Já providenciou uma almofada para acomodar o pé. Ao recolher-se para dormir, enfaixou o local e no dia seguinte, fez repouso.

E no outro, e no outro.

A dor adorou aquele tratamento vip e tomou uma resolução: Não saio mais daqui!

*   *   *

Quando a história terminava, eu já sabia que teria que dar conta das minhas responsabilidades.

Era a forma de minha mãe me ensinar que eu devia ser forte; que pequenas dores deviam ser suportadas e de forma alguma serem motivo para não se cumprir as obrigações.

Essa atitude serviu para me tornar alguém com maior capacidade de suportar reveses e dificuldades.

Quando tudo parecia conspirar contra mim e eu tinha vontade de desistir, lembrava da história da dor. E retomava a luta.

*   *   *

A dor física é sempre sinal de que algo não está bem no organismo. O bom senso nos diz que se deve procurar auxílio médico para a adequada verificação do que seja, antes que o mal avance.

No entanto, pequenos incômodos levam algumas pessoas, por vezes, a logo optarem por ausências na atividade profissional e descumprimento de suas obrigações.

São desculpas, fugas com vistas a se furtar ao dever.

Pensemos nisso e não nos permitamos entregar por pequenas coisas.

Afinal, quem aprende a bem administrar pequenas questões físicas angaria fortaleza moral para eventuais dificuldades orgânicas graves que possa vir a ter e, mesmo, fortalecimento para as dores morais que tenha que enfrentar.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.

Em 13.11.2009.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um Deus

Um Deus
Milhões de estrelas colocadas nos céus... por um Deus.
Milhões de nós levantamos nossos olhos a um Deus.
Muitas crianças O chamam por muitos nomes diferentes...
Um Pai, que ama a cada um por igual.
Muitas formas diferentes que oramos a um Deus.
Muitas são as trilhas que se juntam no caminho a um Deus.
Irmãos e irmãs – nenhum é estranho depois que Deus terminou Sua criação.
Porque seu Deus e meu Deus é um Deus.
*   *   *
Os versos são a tradução livre de uma canção interpretada pela cantora Barbra Streisand.
É interessante se observar como tantos cantores, no mundo, têm se referido a Deus, ao Criador. São criaturas que, na Terra, interpretam as vozes dos céus, conclamando os homens à fraternidade.
Em verdade, muitos dos que se dizem religiosos se enclausuram em suas crenças e excluem do amor de Deus os demais seres humanos.
E, contudo, só há um Deus. Um Deus que a todos criou, que a todos ama, não importando a forma com que seja ou não reverenciado.
Um Deus que sabe que cada filho Seu se encontra em estágio evolutivo diverso e, por isso mesmo, tem diferente entendimento a respeito do Seu Criador.
Somos nós, os seres pequenos da Criação que nos arvoramos em grandezas e criamos exclusividades, elegemos preconceitos e fazemos seleções de quem deve ou não ser credor das heranças do Universo.
Somos nós, os homens, que nos separamos em religiões, quando elas deveriam, em verdade, nos unir.
Porque, afinal, todos aspiramos pela felicidade. Todos desejamos nos alçar ao Pai, ao Criador. Todos almejamos um lugar de paz e de amor. Um aconchego. Um paraíso.
E as religiões existem para exatamente nos mostrar o caminho para tal ventura.
Deus é um só. Criador do Universo que descobrimos, a pouco e pouco, extasiando-nos. É o Pai dos seres que criou à Sua imagem e semelhança.
*   *   *
O seu Deus e o meu Deus é um só Deus.
Tenhamos isso em mente. E nos amemos, auxiliando-nos mutuamente.
Façamos a listagem das maravilhas do Universo e nos sintamos felizes em saber que tudo isso é compartilhado com todos os filhos de Deus.
Filhos desta Terra, do nosso Sistema Solar, filhos que vivam em dimensões nem imaginadas por nós, nem alcançadas pela nossa ciência – todos são herdeiros das grandezas da Criação.
Um Deus. Amor, justiça e luz.
Um Deus. Pai benevolente, pródigo de bênçãos.
Um Deus que nos aguarda, no lar celeste.
Um Deus que nos observa as lutas, perdoa nossas quedas e aguarda que cresçamos até alcança-Ló.
Redação do Momento Espírita com citação de versos da
canção One God, interpretada por Barbra Streisand.
Em 26.10.2009.

Vivendo um tanto mais...

Technorati Marcas:
Vivendo um tanto mais...

Vivendo um tanto mais...
Você deseja viver longamente sobre a Terra?
Quem não o deseja?
Apesar de dizermos, quase constantemente, que este é um planeta de dores e desilusões, de nos afirmarmos cansados das tantas lutas, não há quem não deseje retardar um tanto mais sua partida para o além.
Pobres, ricos, afortunados ou não, todos pensam em ficar por aqui um pouco mais. E mais um pouco.
A prova disso é que sempre que a morte chega afirmamos que ela se apresentou antes do tempo.
Ele era tão jovem! Logo agora, na flor da idade! Que pena, justo no momento em que ele iria começar a desfrutar a aposentadoria!

E assim por diante.
Talvez seja por isso que as Universidades de Harvard e Cambridge publicaram um estudo com 20 conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida, de forma prática e habitual.
Vários deles se referem à alimentação, como tomar diariamente um copo de suco de laranja, para aumentar o teor de ferro no organismo e repor a vitamina C.
Ou salpicar canela no café, o que auxilia a manter baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue.
Ou ainda desfrutar de uma xícara de chá ao dia. Uma xícara diária desta infusão, afirmam, diminui o risco de doenças coronárias.
Outros itens aconselham realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam a memória, como quebra-cabeças, palavras cruzadas.
Ou ainda aprender uma habilidade nova, aprender um idioma, ler um livro e memorizar parágrafos.
Rir é recomendado. Cem a duzentas gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida, baixando o estresse e acordando células naturais de defesa do organismo e os anticorpos.
As relações afetivas também estão na lista das Universidades.
Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantêm um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem pressão alta, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã.
Com certeza, não foi em vão que Deus criou o ser humano para viver em sociedade.
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vida mais saudável do que as pessoas solitárias, ou que somente têm contato com a família.
Ter um animal de estimação é saudável. As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University.
Os mascotes têm o dom de fazer as pessoas se sentirem ótimas, relaxadas e isso atua, diminuindo a probabilidade de desenvolver pressão arterial elevada.
Os cães são os melhores mascotes, mas até um peixinho dourado pode causar um bom resultado.
Finalmente, a regra extraordinária diz que a pessoa deve se conhecer.
Os que se conhecem e priorizam o ser sobre o ter têm 35% de possibilidades de viver mais tempo.
*   *   *
O estudo das Universidades é recente e os conselhos estão sendo abraçados por muitos.
A nós cabe, seguindo a orientação de Sêneca, escolher a melhor forma de viver, habituarmos-nos a ela e torna-lá agradável.
Pensemos nisso e vivamos bem, para vivermos mais e mais felizes neste bendito lar chamado Terra.
Redação do Momento Espírita, a partir do artigo 20
conselhos de Harvard, colhido na Internet.
Em 04.11.2009.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PERSEVERAR NO BEM

Perseverar no bem
Conforme certa passagem do Evangelho, Jesus afirmou que, em decorrência da multiplicação da iniquidade, o amor de muitos esfriaria.
Mas Ele também disse que quem perseverasse até o fim seria salvo.
Com a sabedoria que Lhe é peculiar, Jesus apontou uma característica bastante comum no ser humano.
Quando alguém abraça um Ideal, espera que os outros dele compartilhem.
Em se tratando de valores saudáveis, essa esperança é nobre.
Apenas não pode se converter em fator de desestímulo, quando não se concretiza em breve tempo.
Afinal, o Messias também asseverou que quem quisesse ir após Ele deveria renunciar a si mesmo, tomar sua cruz e segui-Lo.
Ou seja, a mensagem de renovação é um convite, não uma imposição.
Cada qual é livre para se modificar desde já ou no curso dos milênios.
Como a evolução é um imperativo universal, ela sempre se processa.
Quando a criatura se empolga com a ideia de ser melhor, ela nada a favor da correnteza, por assim dizer.
Não necessita ser trabalhada por graves decepções, a fim de perceber o verdadeiro sentido do existir.
Assim, se você se sente tocado pelo desejo de melhorar, rejubile-se!
Esforce-se ao máximo em ser um fator de progresso onde quer que esteja.
No seio de sua família, seja um membro prestativo e generoso, sempre disposto a auxiliar e compreender.
No setor profissional, esforce-se para ser competente, leal e trabalhador.
Como cidadão, adote a honestidade como padrão de conduta.
Em qualquer situação, seja solidário.
Só não esmoreça se os outros não fizerem o mesmo.
É natural que uma pessoa digna espere conduta decente dos que a rodeiam.
Quanto mais se sofistica o padrão ético de alguém, mais ele sofre com as indignidades que presencia.
Mas urge compreender que sua morada natural é no plano espiritual.
Em essência, você é um Espírito.
Quando anima um corpo de carne, é com a finalidade de incorporar valores e auxiliar o progresso social.
No retorno à pátria espiritual, ficará entre os que lhe são semelhantes.
Se deseja boas companhias, trate de ser uma excelente pessoa.
Em realidade, você não pode impor mudanças aos outros.
Mas pode exemplificar a dignidade nos seus menores atos.
Tudo que se relaciona à vida material é transitório, inclusive as relações humanas que não se baseiam em profunda afinidade.
Entretanto, a dignidade espiritual que você conquista com vivências nobres o acompanhará para sempre.
Ela representa a sua salvação, o seu tesouro maior, que justifica todo esforço e perseverança.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 13.10.2009.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Não estás deprimido

Não estás deprimido
Não estás deprimido, estás distraído.
Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia.
Não estás deprimido, estás distraído.
Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado.
Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma.Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção.Não existe a morte, apenas a mudança.És movido pela força natural da vida. A mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha;a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu.
Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo.E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo.”Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.Não estás deprimido, estás desocupado.Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.Dá sem medida, e receberás sem medida.E não te deixes enganar por alguns maus, por alguns homicidas e suicidas.O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.Uma bomba faz mais barulho que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.
* * *
Enfrentamos momentos em que os pensamentos depressivos, desencorajadores parecem desejar tomar conta de tudo.Os ombros caem... A voz baixa de tom... Os olhos já não se abrem tanto...Tais momentos, porém, devem durar apenas o tempo da reflexão necessária, o tempo da conquista da sabedoria e, logo depois, devem ser seguidos por nova atitude.Uma nova atitude de renovação, de mudança, que nos faz trilhar por novos caminhos, com novas forças.De nada adianta se entregar à inércia emocional. De nada adianta a autopiedade.Não são caminhos, são paredes que construímos à nossa frente, impedindo a nós mesmos de prosseguir.Não nos permitamos distrair pelas mazelas da vida, esquecendo tão facilmente o bem que recebemos sempre.Não nos deixemos desocupar, abrindo, através da hora vazia, portas e janelas para ondas de pensamento deletério que flutuam no ar.A desocupação, a inutilidade são polos atraentes de influências perigosas, pelas quais pagaremos alto e amargo custo.Afastemos a depressão de nosso coração. Abracemos a vida e o renascer diário com todo nosso amor.
Redação do Momento Espírita, com citação de texto de Facundo Cabral, que circula pela Internet.Em 05.10.2009.

domingo, 4 de outubro de 2009

É proibido chorar?

É proibido chorar?
Quando uma dor muito grande chega aos corações dos que se afirmam cristãos e, em especial, dos espíritas, ela se extravasa pelos olhos, em gotas de pranto.Nessa hora, é muito comum os adeptos da mesma filosofia, amigos, parentes se mostrarem admirados ante as lágrimas vertidas e formularem questões como:Por que você está chorando?
Você não é espírita?
Onde está a sua fé?
E os que choram, já com a alma despedaçada, pelo evento triste pelo qual passam, ainda devem administrar essas atitudes que ferem a sensibilidade como lâmina afiada.Então, esses companheiros sofridos, que aguardavam um ombro amigo para chorar, um aperto de mão, um abraço, passam a sofrer em silêncio.Choram por dentro. Porque por fora lhes foi vetado, por censuras tolas e inconsequentes.
* * *
Quem disse que não se pode chorar ante um ser amado que parte para a pátria verdadeira?Quem disse que não se pode verter lágrimas quando a carência bate à porta, nos braços do desemprego; quando o filho se envolve com drogas; quando a ingratidão chega, com seu punhal cruel?Para os que elegemos como Modelo e Guia o Mestre Jesus e nos preocupamos em conhecer a Sua biografia, encontramos nos Evangelhos informações preciosas a respeito da dor e da lágrima.Ao chegar a Betânia e ter a notícia da morte de Lázaro, ante as interrogações que lhe dirige Maria, a irmã de Lázaro, Jesus Se senta sobre uma pedra e chora.Por que teria chorado? Com certeza não pelo amigo que sabia não estar morto, somente em estado letárgico. Contudo, deixou que as lágrimas corressem livres.
Talvez tenha chorado pela incompreensão das pessoas a respeito de quem Ele era, dos objetivos da vida e da certeza da vida imortal.Quando Madalena adentra a sala do banquete, em casa de um certo Simão, e derrama as lágrimas da sua dor, do seu remorso, misturadas às da alegria por ter encontrado o amor que buscava há tanto tempo, Jesus não a repreende.Antes, ensina ao anfitrião: Simão, entrei em tua casa e não me deste água para os pés.
Ela, porém, os banhou com suas lágrimas e os enxugou com seus cabelos.
No trajeto doloroso ao Gólgota, ao Se deparar com as mulheres de Jerusalém, que choram a morte do justo, do ser que lhes abençoou os filhos tantas vezes, Jesus Se detém.Não as recrimina por estarem a chorar. Antes lhes diz que não devem chorar por Ele, que Se encaminha para a glorificação na cruz, mas por elas mesmas e por seus filhos.
Vê-se, portanto, que o Modelo e Guia da Humanidade jamais falou contra as lágrimas da dor ou do arrependimento.Assim, justo é que se chore quando a alma se veste de luto, quando se envolve no manto da dor.
O fato de ser cristão ou de ser espírita-cristão não nos transforma em criaturas insensíveis. Ao contrário, aprende-se a sentir a dor alheia inclusive.
O que não é coerente é o desespero, a lástima, a queixa.Mas, lágrimas?
Por que não, se elas traduzem o estado d´alma em lamento?
Por que não, se o próprio Cristo chorou! Ele, o ser perfeito.
Pensemos nisso e sejamos mais autênticos e sensatos, com ponderações bem ajustadas sobre a dor alheia, que nos merece, ao demais, todo respeito.

Afinal, foi Jesus que nos lecionou: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Redação do Momento Espírita.Em 28.09.2009.

O oceano seria menor

O oceano seria menor
Aquele dia tinha tudo para ser mais uma jornada comum na vida de Santiago Gori, taxista argentino de 49 anos.Ele pegou uma corrida de quatro quarteirões e deixou um casal de aposentados em seu destino, na cidade de La Plata, a 60km de Buenos Aires.Mais uma corrida ruim
– pensou ele.
Em seguida, pegou outra passageira, que o avisou que havia uma mala no banco de trás.Após deixá-la em seu destino, Santiago abriu a maleta, e viu um monte de dinheiro – mais precisamente, 130 mil pesos – o equivalente a uns 70 mil reais.
Paramos a narrativa aqui para refletir e perguntar: O que você faria no lugar do taxista? O que passaria em sua cabeça? Qual seria sua atitude?
* * *
Vejamos como ele resolveu:Santiago Gori, imediatamente, ao vislumbrar todo aquele dinheiro, pensou: Mas isso não é meu!Seu próximo passo foi devolver a pequena fortuna aos verdadeiros donos, o casal que ele tinha transportado antes.O casal, aliviado, em retribuição, concedeu apenas um Você é um santo!Porém, a história não terminaria aí, e ficaria mais interessante.Sensibilizados pela história de Santiago, dois publicitários criaram espontaneamente uma campanha em prol do taxista.Pretendiam arrecadar exatamente a mesma quantia devolvida por ele.A iniciativa foi um sucesso e Santiago, o taxista generoso, recebeu o equivalente a 130 mil pesos.
* * *
Vale a pena analisar o fato sob vários aspectos.
Primeiro, sem dúvida, a honestidade e generosidade do taxista.
São pessoas assim que mantêm neste mundo a decência e a honradez.
Em segundo, a comoção que causou nas pessoas, a ponto de dois estranhos terem espontaneamente se envolvido numa proposta inusitada.Destaca-se a generosidade dos dois publicitários, mas também a de cada um que, sabendo da história, resolveu dar sua contribuição.Foram todas contribuições anônimas, que buscavam premiar a atitude nobre daquele homem.Percebamos o potencial do bem neste mundo. Fala-se tanto do poder do mal, como ele arrasta e seduz os seres, mas se esquece de que o bem tem potência muito superior.Se resolvêssemos, muitos de nós, investir no bem, em atos nobres, em campanhas, etc, perceberíamos quanto poderíamos transformar este mundo radicalmente.
Alguns já começaram. Levantaram suas bandeiras destemidas e desprendidas e trouxeram sua contribuição.Anônimos do trabalho voluntário que se doam, sem alarde, sem exigir nada em troca. Doam-se, pois já têm dentro de si a bondade que os faz atuantes na comunidade onde vivem.Anônimos de gestos nobres como este lembrado há pouco, que já têm dentro de si a naturalidade do bem.
Madre Teresa de Calcutá, um nobre exemplo de trabalhadora do bem, certa feita afirmou:
Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor.Pensemos...
Pensemos sobre nossas atitudes, sobre as gotas de amor que já podemos depositar sobre o oceano da vida.
Redação do Momento Espírita, inspirado em narração da Revista Vida simples, de junho de 2009.Em 29.09.2009.

O benefício dos reencontros

O benefício dos reencontros
Existem pessoas que se dizem religiosas, mas fazem a ressalva de que o são à sua maneira.Não costumo ir à Igreja. - diz um.Não frequento o Centro Espírita. – diz outro, e complementa: Mas eu creio em Deus, estudo, leio, faço as minhas orações.A respeito dessa questão, o frequentador de uma Igreja escreveu para o editor de um jornal, reclamando que não fazia sentido ir à Igreja todos os domingos.Eu tenho ido à Igreja por uns 30 anos, – ele escreveu – e durante esse tempo eu ouvi uns três mil sermões. Mas, por minha vida, eu não consigo lembrar de nenhum deles...Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os padres e os pastores estão desperdiçando o tempo deles pregando sermões.Essa carta iniciou uma grande controvérsia na coluna de cartas ao editor, para prazer do editor-chefe do jornal.Por semanas, ele recebeu e publicou cartas sobre o assunto. Então, alguém escreveu:Eu estou casado há 30 anos. Durante esse tempo, minha esposa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições.Mas, por minha vida, eu não consigo lembrar do cardápio de nenhuma dessas 32.000 refeições.Contudo, de uma coisa eu sei. Todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho.Se minha esposa não tivesse me dado essas refeições, eu estaria, hoje, fisicamente morto.Da mesma maneira, se não tivesse ido à Igreja, para alimentar a minha fome espiritual, eu estaria hoje, morto, espiritualmente.
* * *
O escritor, cuja carta encerrou a discussão a respeito do assunto de frequência ou não ao templo religioso, utilizou um excelente argumento.Trouxe à memória das pessoas que, quando se vai ao templo, seja a Igreja, a Sinagoga, o Centro Espírita, o que seja, somos agraciados com algo muito especial.Primeiro, com a riqueza imediata do reencontro com os companheiros que comungam da nossa mesma crença religiosa, que se pautam pelos nossos mesmos valores ético-morais.São amigos, companheiros de atividades que nos abraçam, sorriem, ofertando-nos o seu afeto... que nos sustenta.Quantas vezes chegamos tristes, um tanto desalentados por dificuldades que nos atormentam e esses amigos desanuviam a nossa psicosfera individual com suas presenças.Depois, a mensagem do dia que nos alcança, pela boca do padre, do pastor, do coordenador de estudos, permitindo-nos reflexões sempre renovadas.Reflexões que farão toda a diferença em nossa vida.E, enquanto nos é oferecido o ágape para o intelecto, o sentimento, através da exposição oral, do sermão, da palestra, somos envolvidos pelas generosas bênçãos espirituais.Sim, nosso Mestre e Senhor sempre Se faz presente e nos envolve em luz, em harmonia.Afinal, Ele preconizou que onde houvessem dois ou mais reunidos em Seu nome, ali Ele estaria.E Ele próprio, enquanto na Terra, inaugurou esses encontros e reencontros de bênçãos, reunindo-Se com os apóstolos, com os amigos, com os que O buscavam, para as elucidações a respeito do reino que Ele vinha fundar no coração dos homens.Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base em texto colhido da Internet, intitulado Porque ir à Igreja, sem menção a autor.Em 01.10.2009.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Caminhos da vida

APRENDI...
Que não sei quase nada;
Que sempre precisarei aprender,
Que a vida é muito curta e que não há tempo a perder.
PERCEBI...
Que nem tudo é possível
Que às vezes é difícil sorrir
Que a vida faz jogo duro, mas que eu não vou desistir
ENTENDI
Que quando sofro eu aprendo;
Que a dor me ensina a viver,
Que a vida é um lindo caminho ao qual iremos crescer
DESCOBRI
Que não é fácil viver
Que o destino nos reserva dor
Mas que a tristeza termina
Onde começa o amor.
E que desta vida nada se leva...
SÓ SE DEIXA
Então, deixo o meu melhor... 
Meu melhor sorriso,
Meu maior abraço;
Minha melhor história,
Minha melhor intenção;
Toda minha compreensão,
E minha amizade; deixo a maior porção de todo meu amor e carinho..

domingo, 11 de janeiro de 2009

Em harmonia



Em harmonia
Todos os dias, as notícias nos chegam estarrecedoras.
Manchetes falam de bombas e, em fotos dramáticas, nos dão a conhecer a dor, a morte e a destruição.
As imagens televisivas nos trazem ao conhecimento grande número de assaltos, de roubos e de furtos. A violência chega ao lar pela boca dos próprios filhos que, ao se habituarem, com a agressão de fora, aderem à onda e passam a agredir, igualmente, no verbo e no agir.
Andamos pelas ruas e o trânsito indisciplinado parece nos perseguir os passos.
A natureza se apresenta rebelada contra os maus tratos que o homem lhe vem impondo e estertora; e grita transformando­-se o vento em furacão, pequenos abalos em terremotos alarmantes, chuvas em enchentes que nada respeitam, nem mesmo a vida humana.
Concluímos que ninguém está seguro em lugar algum, desde que temos a nos espreitar pessoas em desequilíbrio, violentas ou indisciplinadas, a fúria dos ventos e das tempestades.
Aturdimo-nos e o cansaço nos domina, dizendo-nos da impossibilidade de lutar contra tantas coisas e de vence ­ las. Contudo, basta que acionemos uma pequena alavanca e outro será o panorama com que nos defrontaremos.
A alavanca da fé.
Os dias que atravessamos são verdadeiramente graves, mas podem ser vencidos com paciência e persistência. Não há nada que nos impeça de manter a tranqüilidade, banhando-nos na fé na Providência Divina.
Sustentados pela certeza do amor Dele, que a tudo provê não nos permitamos desesperar. Afinal, a Terra já conheceu muitos outros períodos de loucura. Momentos em que Espíritos foram provados e venceram, dando testemunho da fé que lhes robustecia as fibras d\'alma.
Recordamos de Joanna d\'Arc enfrentando a fogueira do martírio, em harmonia, guardando energias para perdoar aos que lhe imolavam o corpo.
Também tranqüila permaneceu Joana de Cusa, mártir dos primeiros tempos do Cristianismo que, estribada na sua fé, suportou a fogueira com heroísmo. A serenidade e a tranqüilidade foram sempre marcas registradas dos que afirmaram seguir Jesus.
Os cristãos primitivos compareciam à arena do Circo, portando um sorriso nos lábios que desabrochavam em cânticos de louvor. Conduzamo-nos, pois com bom ânimo, alimentados pelo Evangelho de Jesus, que é luz para o Espírito imortal.
Conservemo-nos em harmonia, apesar do clima de insensatez que impera em muitas almas. Como cristãos, devemos demonstrar a nossa fortaleza, a fim de que nos transformemos em apoio para os que seguem atrás de nós, desesperançados e tristes.
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Os metais, para serem modelados, necessitam experimentar a fornalha ardente. Para revelar a beleza que se encontra em seu interior, o bloco de granito necessita receber os duros golpes do martelo e do cinzel. Pois assim também o Espírito, para se apresentar em toda sua beleza, necessita ser lapidado, e sofrer o calor das dores e das provações, enquanto não impere em sua vida o amor a Deus, o amor ao próximo e o amor a si mesmo.